Fotos: Internet
Foi-se o tempo em que o preto
era proibido nos interiores – antes, no máximo ficava restrito a móveis e
objetos. Ultimamente, a cor tem aparecido em diversas áreas da casa e está
sendo usada de várias formas. Pode ser em móveis, quadros, objetos, paredes
inteiras e até mesmo em todo o ambiente. Mas cuidado: se for adotada
incorretamente, pode dar a sensação de um lugar sombrio e sufocante, pelo
efeito dramático que produz. Para ter um bom resultado é importante saber
dosar, prestando atenção na iluminação, aliada a tecidos claros ou objetos
coloridos. O toque de cor misturado ao preto deixa o ambiente despojado. É
interessante mesclar os tons escuros com cores sóbrias ou amenas nas portas,
rodapés e móveis, mantendo a elegância. “O ideal é ter o acompanhamento de um
profissional na hora da escolha”, diz o arquiteto Allan Feio.
Cai bem em pisos
Tido como inovação, o piso
preto ganha espaço em projetos residenciais. Muitos revestimentos já podem ser
encontrados nessa cor: cerâmica, porcelanato, pedras, tacos, entre outros. Mas,
ao adotar, é preciso tomar cuidado para não deixar o ambiente menor, caso ele
já seja pequeno. O arquiteto Allan Feio chama a atenção para outro detalhe: “Engana-se
quem pensa que o piso preto disfarça sujeira, pelo contrário. Se essa era a
intenção ao usar um piso preto, pode esquecer”. Por isso, o ideal é escolher um
material fácil de limpar.
No escuro
Há alguns anos, a cor preta
nas paredes já é moda, inspirada nas mostras decorativas que abusam deste
artifício. O arquiteto Allan Feio aconselha: “Se optar por utilizar preto na
parede, o ideal é eleger apenas uma superfície e combinar com piso e móveis
mais claros e coloridos”, pois, desta forma, fica mais difícil de errar. Quando
mesclado ao branco, garante ao ambiente um ar minimalista, um estilo clássico
na decoração: aliado a tons como vermelho, amarelo, Pink e turquesa, garante
jovialidade e descontração ao espaço. Outra tendência bastante utilizada
ultimamente é o uso da tinta lousa. Na pintura, é melhor optar por pintura com
acabamento fosco ou acetinado, para não destacar demais a parede, o que pode
revelar suas falhas.
Fica a dica
Mesmo com este estímulo todo à
cor, se houver receio de usá-la é possível optar por variações de cinza, como o
grafite, trazendo a elegância sem pesar, ou lançar mão de detalhes como
tapetes, papel de parede, etc. Vidros fumê, com transparência, são uma boa
opção para quem quer aproveitar a moda sem errar. O teto é o local mais
perigoso: aqui o preto só deve ser escolhido quando o pé-direito for muito
alto. Uma vantagem é que a nuance é democrática, podendo ser usada para ambos
os sexos. Ao contrário do que se pensa, não é uma cor masculina, as mulheres
têm desejado enfatizar sua feminilidade com toques de ônix, por exemplo.
Publicado na Revista Construir
Mais por Menos. Reportagem de Camila Oliveira
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