domingo, 17 de outubro de 2010

'Canjiquinhas' voltam a fazer sucesso na decoração

Fotos: Internet
Sucesso nos anos 1950, a decoração em estilo ‘canjiquinha’ é tendência atual na decoração e tem feito o maior sucesso. Na verdade, esse nome não quer dizer um tipo de pedra e sim uma forma de colocar pedras em forma de filetes ou palitos, que são fixadas em camadas, uma acima da outra. “É um revestimento que oferece um resultado muito bonito, elegante e harmonioso. Ao mesmo tempo, tem uma aparência rústica e contemporânea”, comentou o arquiteto Allan Feio.
O valor para colocar este tipo de revestimento em casa pode variar de acordo com a pedra escolhida. Em geral, granito e mármore podem custar mais caro que as demais pedras naturais. Em média, é preciso desembolsar R$ 55 por metro quadrado. “Se pensarmos no custo benefício, a canjiquinha pode sair até mais em conta do que uma pintura comum, visto a resistência elevada. A pedra não requer grande manutenção e, se bem colocada, tem durabilidade prolongada”, afirmou Feio.
Segundo o arquiteto, a pedra mais utilizada é a São Tomé, que pode ser encontrada nos tons branco, amarelo e rosa. “Cada tipo de pedra traz uma cor e uma sensação diferente ao ambiente.” Qualquer material que permita o corte em filetes pode ser utilizado, por isso, uma tendência bastante atual é a canjiquinha de madeira. “São painéis com filetes de madeira que criam um efeito parecido com o das pedras. Pode ser usada imbuia, freijó, canela ou ainda MDF com opções variadas de revestimento”, ressaltou Feio.

Aplicação deve contar com ajuda de profissional

A canjiquinha pode ser usada internamente em paredes, painéis, colunas, escadas, jardins internos, fontes d’água ou externamente, em muros e fachadas. Mas vale lembrar que a contratação de um profissional experiente para este trabalho é fundamental. “Uma instalação malfeita pode causar grande estrago no efeito desejado”, aletou Allan Feio.

Algumas dicas para uma boa aplicação

- É importante que a superfície onde será colocada a pedra seja rugosa. Caso a parede esteja lisa, será necessário picotar toda a superfície. Desta forma, a argamassa terá uma aderência melhor, evitando o descolamento de peças.

- É recomendável utilizar argamassa própria para pedras. Este tipo de argamassa proporciona maior aderência, característica importante por causa do peso das pedras. A argamassa comum pode manchar a pedra definitivamente.

- O operário não pode usar muita argamassa, pois o material pode vazar pelas bordas das peças.

- Para finalizar, após a secagem da argamassa, deve-se aplicar verniz específico para pedras, o que irá proteger sua parede. Se após a conclusão a pedra parecer manchada, não se preocupe, pois com o tempo este efeito tende a desaparecer.

Ideias deixam as canjiquinhas ainda mais bonitas

Por ter a intenção de se destacar na decoração, uma dica é aplicá- las em uma parede de acesso principal da residência. “Deve-se optar por escolher uma única parede de destaque em um ambiente, que pode ser a sala, lavabo, hall ou outro espaço social”, explicou o arquiteto Allan Feio. As canjiquinhas não são muito utilizadas em cozinhas, pois podem acumular gordura e resíduos. Também não são muito comuns em dormitórios.
Vale lembrar que é arriscado utilizar elementos em uma parede canjiquinha, pois isso pode causar uma aparência visualmente pesada. “Aconselho a não utilizar quadros e outros objetos decorativos. A própria parede já é o destaque”, reforça o arquiteto.
Quem pretende criar um painel de canjiquinha para receber a TV, deve ter cuidado na fixação do suporte que receberá o aparelho, pois as pedras irregulares podem prejudicar a instalação. “É melhor deixar um espaço sem revestimento para fixar o suporte diretamente na parede”, aconselhou Feio.
Invista em uma boa iluminação – Uma boa dica é colocar várias luminárias embutidas no teto, ao longo da parede, ou ainda luminárias de piso. A iluminação deve destacar a parede. “Arandelas casam perfeitamente com a canjiquinha e são muito bem vindas”, concluiu Feio.

Publicada no Jornal Folha Metropolitana - Guarulhos/SP
Por Edilene Ribeiro

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