A história da Belém antiga está estreitamente ligada a Antônio Landi, arquiteto italiano que no século XVIII deixou sua marca na Cidade Velha. No século XX, mais precisamente na década de 60, três escritórios de engenharia se destacavam em Belém: Pinheiro de Souza/Pena de Carvalho, Camilo Porto de Oliveira e Milton Monte.
A modernidade era a tônica e as construções ganhavam novos ares. A influência do modernismo que explodira nos Estados Unidos durante os anos 50 também chegou a Belém, que aos poucos foi substituindo o tradicional formato dos prédios construídos no tempo da colonização portuguesa por edificações mais adequadas. Os três escritório davam o tom da arquitetura no Estado naquele período.
Em meio a essa transformação, Milton Monte fez a diferença. Além de se preocupar em atender à necessidade dos paraenses, cujo estilo de vida já não se enquadrava nos moldes coloniais, mestre Monte foi atrás de soluções para questões específicas da região amazônica. Inspirado na moradia dos índios, ele criou os grande beirais quebrados, que protegem as paredes do calor do sol e das rajadas de chuva que desgastam a pintura. Mestre Monte também passou a utilizar elementos vazados em argila, como recurso de ventilação, adotar materiais e plantas regionais como decoração.
O desenvolvimento na pesquisa de recursos regionais rendeu muitas vantagens para os paraenses e louros para seu primeiro investidor.

A tendência regional se expandiu adquirindo novos adeptos. Atualmente é grande o número de construções compostas com elementos que ele ousou utilizar e quem experimentou aprovou. Por isso que os especialistas dizem que, em arquitetura amazônica, ele é o pioneiro.
3 comentários:
Aprendi muito
Os homens se vão, mas suas obras ficam. E o Mestre Monte seré lembrado sempre pela genialidade de duas obras. Nossa eterna gratidão, e paz à sua alma.
Concordo com você Arthur. A obra do mestre Monte é imortal.
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