domingo, 6 de setembro de 2009

Tecnologia a serviço da preservação histórica e arquitetônica

Foto: Internet
Caminhando entre casarões dos bairros da Campina, da Cidade Velha ou do Comércio, é possível vislumbrar o período áureo dos palacetes em Belém. A beleza dos azulejos que enfeitavam as fachadas dos prédios históricos poderia encantar os olhares modernos se não fosse o desaparecimento progressivo desses objetos.
Belém já foi considerada a capital com maior número de imóveis com azulejos nas fachadas. Porém, nos últimos vinte anos, a cidade perdeu 50% dos azulejos que ela ostentava. Não bastasse o descaso dos proprietários e do poder público, as peças, verdadeiras obras de arte, também sofrem com a ação do tempo, da umidade e do calor, processo natural, irreversível, mas que poderia ser retardado.
O que fazer para preservar esse patrimônio histórico? “Além dos dados históricos, precisamos estudar melhor e propor opções para preservar, restaurar e ajudar as fachadas a continuarem enfeitando a história e a vida arquitetônica em Belém. Para isso, é preciso conhecê-los mais profundamente, saber mais sobre a matéria, sobre do que são constituídos”, argumenta Thais Sanjad, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Tecnologia da UFPA. Por isso, “fizemos a caracterização dos azulejos visando, no futuro, produzir réplicas. Tomamos amostras de peças portuguesas, francesas e alemãs, e fizemos a caracterização física, mineralógica e química do material para saber qual a matéria-prima e os processos de produção dos azulejos históricos de Belém”, resume Marcondes Lima da Costa, professor da Faculdade de Geologia do Instituto de Geociências da UFPA.
Juntos os pesquisadores analisaram 19 amostras de azulejos do acervo da Coleção da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPA e garantem: “Conhecendo isso, temos capacidade de replicar fazer novos azulejos para substituir os que já estão degradados ou realizar trabalhos de restauro, ou ainda vendê-los como suvenir”. O projeto contou com a participação de pesquisadores e bolsistas de iniciação científica dos dois Institutos da UFPA e com a colaboração do professor Mário Mendonça, da Universidade Federal da Bahia.“Quem contempla a beleza e sabe um pouco mais sobre os azulejos pode se tornar mais sensível para a necessidade de preservação. O tempo não é contornável, mas a investigação científica pode propor opções para preservar o que ainda temos e recuperar o que se está perdendo”, afirma Marcondes Costa.

Fonte: Assessoria de Comunicação UFPA

Um comentário:

Portobello disse...

Realmente o blog está com muita informação boa!!!!
parabens!!!!


Vi que vc é de Bélem, entao, nao pode deixar de ver o nosso post de ontem, fala de Bélem, A PARIS DO CONTINENTE AMERICANO!!!

Grande abraço!
Esperamos tua visita!